quarta-feira, setembro 28, 2005

nível?

qual nível?
para mim é revolução.
o cão não baixou o nível - teve piada que é diferente.
vamos todos ser respeitadores eloquentemente e "manter o respeito e a boa educação em todas as situações" ao som dum midi manhoso.
a música funcional irrita-me, os hinos e tudo.
no blog do Joao Paulo Pedrosa é aquilo, no site do CDS é isto.
a música e o seu uso devia de ser banida a alguns, devia haver uma licença tipo porte de arma.
senhora do guichet: "então você quer porte de música para compôr?"
candidato a porte de música: "não, para dar com a minha gravata"
gosto tanto dessa música, não tem em verde?
bah, música complementar.
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ainda vasculhando o site do CDS: o que é que quer dizer "Música e canções- Os sons universais"? esta frase então faz-me uma confusão terrífica.
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nisto viro-me para o site da CDU e mudo de tom. a certa altura espetam lá com um desmentido: "Prezamos a verdade e por isso não temos problemas em publicar o texto em que o Sr. Telmo Ferraz defende o seu bom nome." - somos uns gajos do caraças.

se eu fosse assessor de imprensa o meu slogan para oferecer os meus serviços seria: "SHIU | less is more - quanto mais se fala mais palavras saiem"

paz e assim...

Agradecia que o nível da discussão não descesse.

Agradecia que o nível da discussão não descesse. Afinal, há formas mais elevadas de criticar.

terça-feira, setembro 27, 2005

8ª Ideia: O CDS criar o seu próprio blog

segunda-feira, setembro 26, 2005

7ª Ideia: A Autarquia, elo aglutinador e Dinamizador.

A Câmara Municipal existe para servir os Munícipes e não para se servir deles.
A lógica " Cliente / Fornecedor" é aqui aplicável. E dentro desta lógica o munícipe é o consumidor de serviço público e a autarquia o fornecedor desses serviços.
Os funcionários deixam de ser "Poder" para serem " vendedores" de serviço público.
O munícipe espera da autarquia uma correcta gestão da coisa pública mas também respeito, dedicação e trabalho.
O funcionamento das autarquias tem de se ajustar ao tempo que vivemos, competência, responsabilidade, dinamismo, rapidez na decisão e na acção são algumas das qualidades que deverão ser introduzidas na orgânica das autarquias, e à da Marinha Grande também.

O estabelecimento de objectivos de gestão da qualidade do serviço prestado e a elaboração de um quadro de indicadores é um passo decisivo para uma prestação de um serviço de qualidade, onde a exigência, a competência e a responsabilidade, ou a falta delas, passam a ter um rosto.

E uma das formas como é possível caminharmos para a modernização das nossas autarquias é procedendo à Certificação de Gestão de Qualidade aplicadas aos Serviços da Administração Local, segundo os requisitos definidos da Norma NP EN ISO 9001:2000.
A sua implementação tem como objectivos:

- Melhoria do funcionamento, eficácia e eficiência na prestação dos serviços
- Redução da burocracia, racionalização dos processos e aumento da transparência das decisões.
- Credibilidade dos projectos de melhoria de qualidade de vida, do bem-estar dos cidadãos e da acção social.
- Adopção e utilização sistemática de uma ferramenta de gestão voltada para os resultados, não na óptica do lucro/prejuízo, mas na óptica da satisfação plena dos objectivos expressos pelos indicadores de realização.
- Visibilidade dos esforços de aproximação às preocupações da população e satisfação das suas necessidades e aspirações
- Evidências na preocupação de um correcto planeamento e utilização eficiente dos recursos da autarquia e da comunidade.
- Formação de funcionários da administração autárquica.

Aos grandes desafios da modernidade as administrações central e local têm de responder com uma administração ágil, dinâmica, eficiente, competente e desburocratizada.

sábado, setembro 17, 2005

6ª. Ideia: É URGENTE OLHAR À "DIFERENÇA"!

Todos temos um modo muito próprio de estar na vida, de sentirmos os nossos problemas e os problemas dos outros mas todos devemos acreditar que para além de uma noite escura haverá sempre um novo dia bastando para tanto um gesto de amizade, de solidariedade, de vontade. Uma vontade forte, muito forte, de mudança.

Conselho Municipal da Terceira Idade:
Numa sociedade em que os idosos estão sujeitos a uma marginalidade e solidão cada vez maiores, os problemas que os afectam merecem uma atenção e um carinho especial.
A criação de um Conselho Municipal para a Terceira Idade seria o primeiro passo, uma forma de incentivar aqueles que ainda têm muito a dar de si a ajudar aqueles que infelizmente se encontram confinados ás paredes das suas casas, promovendo o voluntariado, actuando em situações de extrema carência em articulação com as associações e instituições de solidariedade social, apoiando aqueles que não têm financeiramente a possibilidade de usufruírem de cuidados básicos que lhes permita viver com a dignidade a que têm direito, promovendo acções de entretenimento pois claro mas também e em consonância com as inúmeras colectividades do concelho, incrementando ocupações laborais que lhes permita dar largas à sua imensa criatividade.


Conselho Municipal da Juventude:
Também os problemas com a toxicodependência não podem ser relevados, merecem uma máxima atenção.
É preciso encarar este flagelo, identificar as causas porque existe, sé é devido ao desemprego, se é devido ao abandono escolar, se é por causa da indiferença familiar e social ou se é simplesmente por falta de auto-estima. E actuar. Em todas as frentes.
E para isso é urgente que se criem os mecanismos para que se combatam as causas do problema e o problema em si. Não se pode somente apontar a cura é preciso atacar o foco ou os focos da doença. E isso chama-se Prevenção. Um Conselho Municipal da Juventude seria um princípio. Agregando jovens oriundos de todas as associações e organizações de juventude do concelho, desde escolas, religiosas, recreio, cultura e desporto, em torno de actividades que estimulem o espírito de uma integração na vida activa e promovendo a sua participação nas decisões importantes para o desenvolvimento do Concelho.
Urge cativar e incentivar este valioso capital humano que é a Juventude, porque se a queremos activa, participativa e construtiva é obrigação de todos nós mostrar-lhes que é reconhecida e não lhes defraudar expectativas.

Melhor Acessibilidade Mais Mobilidade:
Outro factor de extrema importância prende-se pela total insensibilidade quanto ás pessoas portadoras de deficiência. Também eles são cidadãos e ponto final.
No nosso concelho não há o cuidado na eliminação de barreiras arquitectónicas, os pisos dos passeios são maioritariamente irregulares e desnivelados e não obedecem ás larguras mínimas e o mais chocante é que são raros aqueles em que existam rampas boleadas com inclinação mínima exigida, em todo o concelho existem 2 semáforos com sinalização sonora e um deles nem serve nenhuma passadeira de peões, não existe um único multi-banco ou cabine telefónica no concelho acessível a um cidadão de cadeira de rodas, os espaços públicos não têm nenhuma atenção quanto á acessibilidade e mobilidade condignas.
Por isso urge que todo e qualquer licenciamento comercial, lazer, desporto, cultural e institucional assim como todas as infra-estruturas de responsabilidade camarária tenham em atenção de forma natural as acessibilidades porque todos temos direito á dignidade.


Centro de Apoio à Pobreza:
A pobreza extrema existe. Diante do nosso mutismo e mesmo alheamento.
E é transversal a todo o Concelho e em todas as idades. É um problema mais silencioso, mais conformado que os outros atrás referidos. E carece de actuação.
E para isso há que haver uma combinação de esforços, não só por parte do Estado e da sociedade civil, mas também do poder autárquico.
E a criação de um Centro de Apoio á Pobreza em parceria com instituições particulares de solidariedade social, com associações ou grupos de beneficência numa acção concertada e com o comprometimento da Autarquia seria uma forma de colmatar as necessidades mais básicas tais como refeições, cuidados de higiene e saúde e roupas e o devido encaminhamento das pessoas visando a inserção social daqueles que por infortúnio tenham sido excluídos.

Nada do que acima referimos é impossível de se concretizar. Até porque está consagrado na Constituição da Republica Portuguesa e que passamos a transcrever:

Constituição da Republica Portuguesa
Princípios Fundamentais
Artigo 13º
(Principio da Igualdade)
1 - Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.


E para tal bastam somente a vontade política de os tornar uma realidade.
E trabalho, muito trabalho.
Tudo tem o seu tempo. É preciso acreditar.E agir!

quinta-feira, setembro 15, 2005

Mais umda ideia que merece aplausos. Será aplicável?

O candidato doPS quer adoptar o Orçamento Participativa na Câmara Municipal. A ideia não é inédita - em 2001 o BE da Marinha Grande defendeu o mesmo - mas é de louvar. Esperemos que seja uma medida a tomar logo no primeiro ano de mandato, caso seja eleito. Pode ser que assim a Câmara evite cometer alguns erros que acontecem quando não se ouvem as pessoas.

Orçamento Participativo

A Câmara Municipal da Marinha Grande vai adoptar o Orçamento Participativo, uma metodologia de trabalho que tem sido praticada em alguns municípios europeus (entre os quais portugueses) e latino-americanos, com especial destaque em Porto Alegre (Brasil), cujo projecto tem sido considerado um caso exemplar em instâncias internacionais de estudo e debate sobre gestão urbana.O Orçamento Participativo é uma metodologia de trabalho para a elaboração do Plano de Actividades e Investimentos Municipais baseada em processos de participação directa da população e das instituições locais.Na Marinha Grande, e numa fase inicial, o Orçamento Participativo concretizar-se-á através de reuniões públicas de informação e debate sobre o Plano de Actividades e Investimentos Municipais, abertas à participação de todos os cidadãos interessados, quer presencialmente, participando nas reuniões, quer através de um e-mail específico. As reuniões decorrerão no período de preparação do Orçamento Municipal, nos principais lugares do concelho. Pretende-se assim reforçar a proximidade e o compromisso do poder local com as pessoas de todas as localidades do concelho. Com mais informações, a Câmara pode decidir melhor e servir melhor as pessoas. E as pessoas ganham mais força para intervir a favor dos seus direitos.

terça-feira, setembro 13, 2005

Uma medida que me parece interessante

A ideia está no blog do PS. É boa, sem dúvida. Para quando e se é possível são as perguntas que ficam no ar?

Gabinete de Apoio ao Empresário e ao Investimento

Esta ofensiva de promoção da Marinha Grande terá de ser complementada com a criação de condições que permitam receber e enquadrar devidamente os investimentos. Assim, será criado na autarquia um Gabinete de Apoio ao Empresário e ao Investimento, que permitirá licenciar projectos industriais, comerciais ou turísticos em apenas 15 dias, bem como proporcionar um espaço específico para, entre outras valências: divulgar os apoios disponíveis ao investimento; encaminhar os potenciais investidores para as instituições que podem auxiliar a criação de empresas e de emprego qualificado; apoiar concretamente a criação de empresas; informar sobre a criação do próprio emprego.

Visita ao Novo Mercado Municipal

A candidatura do CDS/PP teve a oportunidade de fazer uma visita ao Novo Mercado Municipal e dessa visita poder dar a sua opinião crítica mas sempre construtiva que é, e sempre será, a nossa forma de estarmos na actividade política.

Como resultado dessa visita elaboramos um documento onde expressamos quer a nossa opinião sobre o que vimos mas também onde apresentamos alguns problemas que pensamos precisarem de ser revistos.

A nossa apreciação abordou os mais variados aspectos, desde a segurança ao ambiente, desde a logística ás instalações sanitárias, desde as condições para quem vende às condições para quem compra.
E assim sendo apraz-nos dizer o seguinte:

1. Aspecto Geral Interior: Agradável. Os diferentes sectores com placas indicadoras. No 1º andar faltam ainda algumas.

2. Segurança e Mobilidade: Piso anti-derrapante, extintores e bocas-de-incêndio, saídas de emergência, portas largas. Existem dois elevadores para serem utilizados por pessoas, não sendo muito grandes parecem-nos de qualidade. Num dos elevadores o alarme não está a funcionar. Deverá ser visto. Nestes elevadores deveria ser dado preferência na sua utilização a pessoas portadoras de deficiência, idosos e grávidas.
Não esquecer a sinalética de perigo nos quadros eléctricos.
Duas notas menos positiva: primeira - degraus estreitos, 25 cm, uma senhora de saltos altos a descer poderá correr riscos de equilíbrio, segundo - a escada de saída do 1º para o R/C é muito estreita ( 1,10 metros) e em dois lanços.

3. Instalações Sanitárias: Poderemos considerar boas e onde as pessoas portadoras de deficiência não foram esquecidas. As instalações sanitárias do piso superior ainda não estão concluídas.

4. Higiene: Os materiais utilizados parecem adequados. No entanto existem algumas pequenas falhas cuja correcção nos parece necessária:
- Parede envolvente do mercado deveria ser revestida a azulejo, pelo menos até 1,50 metros de modo a facilitar a sua lavagem.
- Falta um rale de escoamento de águas por baixo das bancadas do peixe de forma a conduzir as águas para a calha colectora exterior.
- Ainda nas bancadas do peixe, as mangueiras deveriam ter comprimento suficiente para chegarem à bancada, para a lavagem desta.
- Ainda na bancada do peixe, o esgoto das águas residuais da banca ficam a cerca de 5 cm da calha colectora o que possibilita que os compradores inadvertidamente ponham os pés por baixo do referido tubo e tenham uma desagradável surpresa.
- A zona do pão está entre a zona dos animais vivos e das flores. Do lado dos animais vivos está protegida até ao tecto, do lado das flores, não. Como é sabido, as flores libertam poeiras e pólen no seu manuseamento, pelo que pensamos que a área do pão deveria estar isolada até ao tecto. Acrescentamos mais, a zona do pão deveria ter uma entrada em cada extremo preferencialmente com portas de vidro e o corredor de passagem central, que vai da zona dos animais vivos para a zona das flores, deveria ser fechado.
- Há uma questão sobre a qual não podemos opinar, que é relativamente à exaustão de odores.

5. Logística: É um dos pontos muito fracos desta infra-estrutura. Da cave para o r/c não há escadas, apenas um elevador de carga com as dimensões interiores de 1,40metros de largura por 1,60 metros de comprimento. Um porta-paletes e uma euro-palete necessitam de 0,80 x 1, 40 metros, quase que ocupam completamente o elevador e o operador tem de ir “ encolhido” a um canto. Perante este cenário, a movimentação das mercadorias levam uma eternidade. E se o elevador avaria?
Na nossa opinião o mercado deveria estar equipado com 4 elevadores de carga, cada um com 2,5 metros de largura por 1,80 metros de comprimento. Este vai ser um problema difícil de resolver. E é um sério revés neste projecto.

6. Quem vende: As bancas têm apenas uma entrada o que pode constituir um constrangimento aos vendedores que se tem de deslocar através do espaço das bancas vizinhas. O ideal era haver mais duas entradas, uma em cada extremo, mas neste aspecto os vendedores deveriam dar a sua opinião.
O espaço unitário das bancas, as mais estreitas com 1 metro não tem qualquer valor funcional, o que implica para o vendedor ter de adquirir mais de um espaço. Somos da opinião que cada espaço deverá reunir todas as condições para a prática da actividade.
Também a arrumação dos produtos desde o exterior para o interior das bancas não está facilitado e estará muito dificultado se tivermos em atenção a idade de muitos dos vendedores. As bancas são altas, cerca de 1 metro, a entrada apenas uma, central, irão dificultar a movimentação das mercadorias. A hipótese da parte inferior das bancas ser aberta pela parte da frente, facilitaria a passagem da mercadoria para o lado interior das bancas.
Os talhos, parecem-nos demasiado pequenos. Dois tem uma área de 2,50x5,10 metros e onze tem 2,50x2,40 metros, em nenhum deles há possibilidade de instalar uma câmara frigorífica. E se pensarmos que o mercado é para funcionar todos os dias, então como se resolve o problema da conservação das carnes? Pensamos que terá de haver menos talhos mas com as necessárias condições de funcionamento e conservação. A instalação eléctrica também não nos parece preparada para a instalação de câmaras frigoríficas.

7. Quem compra: Se tivermos em conta que a grande maioria dos compradores são mulheres, que a altura média ronda o 1,65 metros de altura, se as bancas tem 1 metro de altura, ao que se tem de acrescentar as caixas que contem os produtos, sobretudo as frutas e os animais vivos, o faz com as compradoras não tenham perspectiva sobre o produto exposto.
Pensamos que as bancas deveriam ser mais baixas e com o perfil adequado ao tipo de produto para que estão destinados. Para os animais vivos as bancas não deveriam ter mais de 0,70 metros de altura. Para as frutas e legumes, não deveriam ter mais de 0.90 e com inclinação, tipo expositor.

8. Estacionamento. O local onde foi implantado esta infra-estrutura não foi com certeza a melhor. Mas há sempre a solução de um autocarro eléctrico e gratuito a fazer o circuito Mercado Municipal / Parques de estacionamento. Os erros têm sempre um preço.

Conclusão:

Os problemas de mais difícil resolução são a questão dos elevadores de carga, da altura e perfis das bancas e da dimensão dos talhos. O modo de ultrapassar estes problemas vai ser um desafio à imaginação dos técnicos e responsáveis, mas têm que se encontrar soluções para estes problemas.

Pensamos que depois de resolvidos, o novo mercado municipal reunirá condições para ser utilizado e a Câmara encontrará a plataforma de entendimento na negociação com os vendedores do mercado velho para a sua passagem para o mercado novo, tendo em linha de conta que os actuais vendedores deverão ter preferência e que a venda das bancas deverá ter em atenção o valor actualizado das bancas que os vendedores detinham no mercado velho.

Porque é justo que assim seja, até pela perda de direitos adquiridos que tinham no mercado velho.

domingo, setembro 11, 2005

5ª Ideia: "Eu Compro na Marinha"

Na edição do Fórum Municipal n.º 6 de 1997 já era reconhecido a necessidade de um estudo aprofundado sobre o comércio e os hábitos de consumo na Marinha Grande.
É nesse mesmo ano que se inicia um estudo promovido pela Câmara Municipal e pela Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande que visava a candidatura ao PROCOM e em que o grande objectivo era a revitalização do Centro Histórico, transformando-o num Centro Comercial ao Ar Livre.
Cinco anos decorreram e muito pouco aconteceu. Em Agosto de 2002, no n.º 19 do Fórum Municipal, a Câmara informa ter apresentado a candidatura ao programa URBCOM ( Dezembro de 2001). No valor de 1,4 milhões de euros, visava intervenções paisagistas, drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, rede de incêndio e abastecimento de energia eléctrica. O Objectivo era a requalificação do espaço público e dotar o Centro Histórico de uma estrutura comercial modernizada.
Chegamos a 2005, e os resultados de tantos programas e de tantas intenções foi simplesmente zero. Num jornal do concelho vem um artigo que traduz de forma nua e crua a realidade desta actividade. E há mesmo duas afirmações dramáticas: a Câmara não estar virada para o comercio e bastarem mais dois anos para o comercio tradicional deixar de existir.
No ultimo ano e meio 10% das lojas cessaram a sua actividade e este numero vai continuar a subir.
Acreditamos que por si só a actividade comercial não terá forma de se sustentar.
Essa possibilidade só poderá acontecer se houver uma dinamização sobretudo do turismo e dos serviços. Já defendemos em outras ideias que propusemos anteriormente alguns modelos que poderiam ajudar a este propósito.
O problema está bem quente e ninguém quer meter as mãos com receio de se queimar. Se o problema fosse fácil de resolver já estaria resolvido há muito.
O problema é que não é.
Como provavelmente muitos outros , também temos algumas ideias, e como sempre umas mais polemicas que outras.
Vamos apresenta-las distribuídas no curto e médio prazo:
No curto prazo:
Projecto "Eu Compro na Marinha"( concelho).
Um cartão numerado que se preenche com o valor das compras efectuadas no concelho até um valor mínimo de 250 euros que seria facultado pelos estabelecimentos comerciais e que depois é colocado numa tômbola num lugar designado. No fim deste outro e outro. Ao fim de um ano é realizado um jantar cuja receita reverte para uma associação de solidariedade social e onde se sorteia o premiado ou premiados em que esses mesmos prémios terão de ser "made in Marinha Grande".
Seria fundamental que o Presidente da Câmara, vereadores, deputados, funcionários de instituições públicas, estivessem na primeira linha a aderir ao projecto e que os Jornais promovessem.
- Círculos comerciais, um pouco ao encontro do Centro Comercial ao Ar Livre.
Seria um projecto que se iniciaria no curto prazo e se estendia nos próximos 15 anos. A constituição de círculos onde se desenvolveria um conjunto de actividades comerciais, cada actividade com um numero máximo pré definido de lojas, lojas que não poderiam ser instaladas em outro qualquer local da cidade. Quando o primeiro circulo tivesse atingido a sua lotação abrir-se-ia o segundo circulo. É evidente que de fora deste projecto ficariam as lojas já existentes que continuariam a funcionar no local onde se encontram.
Passagem do maior numero de serviços com atendimento público da Câmara para estes círculos.
Sediar nestes círculos gabinetes de gestão e de prestação de serviços
Abertura de um salão de eventos, destinados a exposições de pintura, fotografia, mostras de outras culturas sessões de musica, mostras de vídeo e de cinema amador etc.
Abertura de um estúdio de cinema na zona da igreja ou no Largo Ilidio de Carvalho
Esplanadas e café concerto no largo Ilidio de Carvalho
Criar um programa de actividades na Praça, como música, representação, torneios de xadrez para jovens, habilidades com bicicletas, etc.

Médio prazo :
Implantação de infra estruturas mobilizadoras e dinamizadoras da actividade turística. Neste âmbito já apresentámos algumas ideias, mas outras poderão aparecer cumprindo o mesmo objectivo
Fechamento progressivo de outras artérias ao transito automóvel.
Estender a área até ao Jardim.
A população marinhense tem uma capacidade de imaginação formidável. Que a Câmara promova concursos de ideias e que as pessoas se desinibam e decerto virão à luz do dia ideias que podem fazer a diferença.
É necessário que aproveitemos o potencial humano.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Conclusões da reunião no Centro de Saúde da Marinha Grande

A Liliana teve uma reunião com os responsáveis do Centro de Saúde. Eis as conclusões, escritas pela própria.


Conforme tinha já anunciado, no passado dia 5 tive uma reunião no Centro de Saúde para esclarecer as minhas inúmeras dúvidas. Passo a enunciar as principais conclusões:

As pessoas deverão ir ao Centro de Saúde e informar-se convenientemente do seu funcionamento, e utilizar o Gabinete de Utente para qualquer dúvida, sugestão ou reclamação;
O congestionamento na marcação das consultas é um mito urbano: começou a difundir-se (tal como uma doença infecto contagiosa), na população marinhense que era difícil conseguir vez no médico, então os utentes começaram a ir cada vez mais cedo para o Centro de Saúde de modo a conseguir uma consulta;
O congestionamento nas consultas e consequente venda de vez, é também provocado pelos graves problemas sociais que temos na Marinha Grande (toxicodependência, falta de apoio aos idosos, fábricas que encerram, que deixam de pagar salários,...)
Os utentes serão sempre atendidos pelo seu médico: basta chegar próximo da abertura dos Serviços, mesmo que já não tenha consulta para esse dia deverá aguardar ordeiramente para falar com o seu médico. Dependendo da gravidade da situação o seu médico dar-lhe-á permissão para marcar consulta para esse mesmo dia; marcar-lhe-à a consulta para um dos próximos dias ou enviá-lo-á para o SAP (Serviço de Atendimento Permanente, as ditas Urgências);
O funcionamento do Raio X implica o seu manuseamento e interpretação das radiografias por pessoas devidamente qualificadas para tal. Os utentes serão melhor atendidas num hospital distrital que apenas dista alguns kilómetros da Mª Grande com boas vias de comunicação e onde estão especialistas (ortopedistas neste caso particular). Um médico de clínica geral não tem a especialização necessária para lidar com problemas de fracturas.
A compra do aparelho foi uma ideia megalómana de alguém, funcionou durante algum tempo mas agora está avariado e não só a reparação como a sua entrada em funcionamento seria uma despesa muito grande que não compensa tendo um hospital tão perto.
Não tem razão de ser as pessoas queixarem-se porque durante os meses de verão as enfermeiras não medem a tensão arterial nem a glicémia. A tensão arterial só precisa ser controlada uma ou duas vezes por ano e quem tem problemas é devidamente seguido. Os diabéticos têm aparelhos para fazer a medição em casa da glicémia.
As notícias que apareceram na mais diversa imprensa local, regional e nacional e inclusivamente na televisão, só tiveram um impacto negativo visto que já alguns médicos se recusaram a vir para a Mª Grande porque foi mostrada uma péssima imagem do Centro de Saúde e do seu funcionamento, o que não corresponde à verdade.
O Centro de Saúde através da sua Direcção agradece e pede à população que faça chegar todas as reclamações e/ou sugestões tanto através do e-mail csmggu@srsleiria.min-saude.pt ou através dos formulários que se encontram no Centro de Saúde. O Gabinete do Utente encaminhará devidamente o assunto. Só desta forma se pode pressionar o Ministério da Saúde para resolver os problemas existentes, visto que todas as reclamações obrigam a que sejam para lá encaminhadas.

Cpts.
Liliana Santos

quarta-feira, setembro 07, 2005

As más e boas propostas da CDU

A CDU já tem o seu programa eleitoral online. Se há algumas boas ideias no documento, há outra que, no mínimo, me levantam dúvidas, para não dizer que são más.
Vamos por partes e comecemos por aquelas que considero boas ou com alguma originalidade. Há outras que também são boas, mas são defendidas por todos os partidos.

Aquelas que me levantam dúvidas:

1) “Apoiar os grupos de cultura, nomeadamente popular e tradicional do concelho”.
Por quê “nomeadamente popular e tradicional, os outros não merecem? A CDU acusa o PS de algum elitismo. Não será esta outra forma de elitismo?

2) “Resolver os problemas do mercado, revitalizando o existente e com a perspectiva da construção de um novo, em espaço que possa comportar o mercado de levante, com condições para actividades de pequenos produtores, para a comercialização de produtos artesanais e de agricultura biológica e com capacidade para o desenvolvimento de actividades de animação”.
Não será demagogia e despesismo gastar dinheiro em revitalizar o existente. Se a CDU considera que o mercado que está junto ao centro comercial Atrium não tem condições (o que não discuto, devido ao desconhecimento que reconheço ter em relação aos aspectos técnicos que são apontados como negativos), deve construir outro. Mas não deve andar a gastar dinheiro dos contribuintes a revitalizar o actual – aquele que funciona no edifício da Resinagem. Construa um novo e deixe o actual como está. Se esperámos tantos anos por uma estrutura em condições, podemos esperar mais. Já agora. Alguém me responde. O que vão fazer com a estrutura que está ao lado do Atrium?

3) “Conjugar esforços com outras autarquias para a criação de uma Universidade Pública a instalar na região e reivindicar um pólo do Ensino Superior Politécnico para a Marinha Grande público, apoiando o existente”.
Como pensam fazer isso?

4) “Procurar desenvolver a criação de novos empregos e melhorar a qualificação dos existentes”.
Como pretendem fazer. Todas as candidaturas referem o assunto. Mas como o fazer?

As boas:

1) Desenvolver um programa municipal de equipamentos para as novas urbanizações: parques infantis, espaços verdes, zonas de desporto informal e espaços de vida comunitários, garantindo a sua funcionalidade.

2) Criar uma estrutura que possa coordenar e garantir a cooperação entre os agentes culturais e associativos, de forma a contribuir para a dinamização da vida cultural do concelho.

3) Criação de uma casa de espectáculos, com capacidade para receber eventos de média e grande dimensão.

4) Criar da Casa da Criança, com responsabilidades no desenvolvimento de um plano de intervenção junto das crianças.

5) Estudar a implantação de tanques de natação e infra-estruturas desportivas em locais estratégicos, bem como espaços para prática de desporto informal (Quintais Desportivos).

6) Estudar o relançamento da Feira das Actividades Económicas (FAE), de uma forma renovada, nomeadamente através da criação de uma empresa para gerir o Parque Municipal de Exposições, em participação com os empresários locais.

7) Criar espaços para artesãos e artistas plásticos no centro da cidade, na Praia da Vieira e em S. Pedro de Moel.

8) Criar um Centro de Animação e Interpretação Ambiental na zona das Pedras Negras, dirigido prioritariamente aos jovens, onde sejam promovidas, entre outras, actividades de sensibilização ambiental e cultural.