sábado, setembro 17, 2005

6ª. Ideia: É URGENTE OLHAR À "DIFERENÇA"!

Todos temos um modo muito próprio de estar na vida, de sentirmos os nossos problemas e os problemas dos outros mas todos devemos acreditar que para além de uma noite escura haverá sempre um novo dia bastando para tanto um gesto de amizade, de solidariedade, de vontade. Uma vontade forte, muito forte, de mudança.

Conselho Municipal da Terceira Idade:
Numa sociedade em que os idosos estão sujeitos a uma marginalidade e solidão cada vez maiores, os problemas que os afectam merecem uma atenção e um carinho especial.
A criação de um Conselho Municipal para a Terceira Idade seria o primeiro passo, uma forma de incentivar aqueles que ainda têm muito a dar de si a ajudar aqueles que infelizmente se encontram confinados ás paredes das suas casas, promovendo o voluntariado, actuando em situações de extrema carência em articulação com as associações e instituições de solidariedade social, apoiando aqueles que não têm financeiramente a possibilidade de usufruírem de cuidados básicos que lhes permita viver com a dignidade a que têm direito, promovendo acções de entretenimento pois claro mas também e em consonância com as inúmeras colectividades do concelho, incrementando ocupações laborais que lhes permita dar largas à sua imensa criatividade.


Conselho Municipal da Juventude:
Também os problemas com a toxicodependência não podem ser relevados, merecem uma máxima atenção.
É preciso encarar este flagelo, identificar as causas porque existe, sé é devido ao desemprego, se é devido ao abandono escolar, se é por causa da indiferença familiar e social ou se é simplesmente por falta de auto-estima. E actuar. Em todas as frentes.
E para isso é urgente que se criem os mecanismos para que se combatam as causas do problema e o problema em si. Não se pode somente apontar a cura é preciso atacar o foco ou os focos da doença. E isso chama-se Prevenção. Um Conselho Municipal da Juventude seria um princípio. Agregando jovens oriundos de todas as associações e organizações de juventude do concelho, desde escolas, religiosas, recreio, cultura e desporto, em torno de actividades que estimulem o espírito de uma integração na vida activa e promovendo a sua participação nas decisões importantes para o desenvolvimento do Concelho.
Urge cativar e incentivar este valioso capital humano que é a Juventude, porque se a queremos activa, participativa e construtiva é obrigação de todos nós mostrar-lhes que é reconhecida e não lhes defraudar expectativas.

Melhor Acessibilidade Mais Mobilidade:
Outro factor de extrema importância prende-se pela total insensibilidade quanto ás pessoas portadoras de deficiência. Também eles são cidadãos e ponto final.
No nosso concelho não há o cuidado na eliminação de barreiras arquitectónicas, os pisos dos passeios são maioritariamente irregulares e desnivelados e não obedecem ás larguras mínimas e o mais chocante é que são raros aqueles em que existam rampas boleadas com inclinação mínima exigida, em todo o concelho existem 2 semáforos com sinalização sonora e um deles nem serve nenhuma passadeira de peões, não existe um único multi-banco ou cabine telefónica no concelho acessível a um cidadão de cadeira de rodas, os espaços públicos não têm nenhuma atenção quanto á acessibilidade e mobilidade condignas.
Por isso urge que todo e qualquer licenciamento comercial, lazer, desporto, cultural e institucional assim como todas as infra-estruturas de responsabilidade camarária tenham em atenção de forma natural as acessibilidades porque todos temos direito á dignidade.


Centro de Apoio à Pobreza:
A pobreza extrema existe. Diante do nosso mutismo e mesmo alheamento.
E é transversal a todo o Concelho e em todas as idades. É um problema mais silencioso, mais conformado que os outros atrás referidos. E carece de actuação.
E para isso há que haver uma combinação de esforços, não só por parte do Estado e da sociedade civil, mas também do poder autárquico.
E a criação de um Centro de Apoio á Pobreza em parceria com instituições particulares de solidariedade social, com associações ou grupos de beneficência numa acção concertada e com o comprometimento da Autarquia seria uma forma de colmatar as necessidades mais básicas tais como refeições, cuidados de higiene e saúde e roupas e o devido encaminhamento das pessoas visando a inserção social daqueles que por infortúnio tenham sido excluídos.

Nada do que acima referimos é impossível de se concretizar. Até porque está consagrado na Constituição da Republica Portuguesa e que passamos a transcrever:

Constituição da Republica Portuguesa
Princípios Fundamentais
Artigo 13º
(Principio da Igualdade)
1 - Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.


E para tal bastam somente a vontade política de os tornar uma realidade.
E trabalho, muito trabalho.
Tudo tem o seu tempo. É preciso acreditar.E agir!