terça-feira, julho 10, 2007

E NÓS, O QUE SOMOS?

AS OBRAS NO LIDL NON-STOP

Nós cidadãos, o que somos? Eu sinto-me um parvo estúpido, sinceramente, pois é isso que por vezes nos fazem sentir. São 2h30 da manhã de segunda-feira, e na vez de estar a dormir para amanhã trabalhar cedo, não, estou sentado ao computador a escrever, a escrever e a saltar ao mesmo tempo tamanha é a turbulência das escavações das obras que fazem aqui mesmo ao lado do meu quarto, no Lidl. Pela primeira vez senti-me na obrigação de fazer queixa na policia devido ao nível de, não só ruido, mas também tremor de terra que aqui ao lado acontece, porque para além da impossibilidade de conseguir adormecer, também já me doi a cabeça de tanto tremer. Passados alguns dias e muito barulho, durante o dia e a noite, nas obras que estão a fazer no supermercado Lidl que pelo menos até às 5h00 da manhã me lembro das ouvir, decidi fazer queixa pois chegou a um ponto que a tolerância se foi, e era muita, a que eu aqui tinha, diga-se de passagem. Da policia dizem-me que com certeza, até já devia era ter telefonado antes, e assim foi, isto era cerca de 1h10. Depois recebo de volta um telefonema da PSP em menos de 10 minutos a dizer que as obras tinham uma licença especial e que nada podiam fazer, só indo à Câmara Municipal e expor a situação. Espero ter tempo e paciência para o fazer, mas hoje sou um parvo/cidadão que nada pode fazer e está a ser nitidamente enrabado por esses todos que tiveram caneta e trocos para assinar uma qualquer licença que eu nem sei o que é, mas que muito me tem lixado a cabeça com tanto barulho e turbulência, mas que nada disso interessa, está assinadam, segundo as autoridades... E pronto quem sou eu? Sou um badameco que não pode estar em casa descansado às tantas da manhã, mas não interessa, os homens assinaram o papel. Mas que raio de licença especial existe para que uns "massacrem" os outros? Às vezes só apetece dizer que, só fazem como não devem! É impressionante. Olha, durmam bem!

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Pois é. Poder é poder. E tu, só com poder podes combater.
Em Portugal as queixas chegam sempre a um ponto em que é mais lucrativo ceder do que te queixares. Isto porque, se quiseres levar a tua queixa avante, tens de gastar o teu tempo a ir à Camara. Da Camara, dizem te que tens que preencher um qualquer requerimento que provavelmente terás que pagar para o fazer. Ou que então, terás que levar a queixa a tribunal. Se levares a queixa a tribunal, levará tanto tempo a resolver, que por essa altura já os teus filhos farão compras no novo LIDL. Já para não falar no dinheiro que gastas em advogados em mover um processo, que nem sabes se tem pernas para andar.
A conceito de justiça em Portugal está completamente subvertido. Já se chega ao ponto em que é mais vantajoso enfiar o rabinho entre as pernas que reclamar pelos teus direitos.
Queres uma sugestão? Bebe um chá "noite tranquila" e compra uns tampões para os ouvidos, que custam pouco mais de 15 centimos... Ao menos não te chateias tanto.
-----
Falando em justiça subvertida, há uns tempos contaram-me uma história que relata bem o sucedido. Havia um senhorio, que alugou um pavilhão a um novo empresário. Este empresário não teve grande sucesso no seu negócio e deixou de pagar a renda ao seu senhorio. Este, lesado, resolve avançar com uma queixa contra o inquilino. O processo arrastou-se tanto tempo, que foi mais rentável ao senhorio expulsar o inquilino e perder o direito às rendas devidas que continuar com o processo a tribunal, que pela altura em que estaria resolvido, já o empresário estaria falido e não haveria ninguém a quem exigir o dinheiro!!!
Onde é que está a palavra justiça no meio disto?!

Abraços

1:51 da tarde  
Blogger Catarina said...

hmm... mas para essas licenças especiais eles nao precisam de autorizações dos moradores? ir de porta a porta ... etc... acho mesmo que, apesar das obras ja terem acabado, devias apresentar uma especie de queixa.

8:11 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home