quinta-feira, junho 30, 2005

Tóxico... À Frente e a Trás.

A Avenida 1º Maio tem um dom, é talvez uma das mais poluídas avenidas da cidade... Não há dúvida que a questão da Ivima tem que ser pensada e falada, é um problema a resolver e não me parece fácil faze-lo, veremos...

Todavia há outro problema nesta avenida que, sinceramente, me preocupa mais... Trata-se da Barbosa & Almeida. Que registos existem sobre a poluição atmosférica que esta gera? Que inspecções têm sido feitas? Será que está tudo a funcionar nas devidas condições? Eu dúvido...

Na foto dá para ver o estado em que fica a pintura de um carro que está regularmente exposto aos gases libertados pela chaminé desta empresa Marinhense, o amarelo só sai com uma polidela bem dada. Depois penso, “Como estarão os pulmões das pessoas que por ali andam?”. Poluição que degrada assim os carros e as demais coisas que por ali passam, não deverá fazer muito bem à saúde, isto penso eu! Agora, ou os resultados das inspecções provam que se encontra tudo dentro da normalidade, ou então alguma coisa terá que ser feita em relação a isto. Pois sendo assim, fico realmente sem saber qual das duas polui mais... Barbosa & Almeida Vs. Ivima. Respondem-me?

quarta-feira, junho 29, 2005

Quais são as prioridades para o próximo ano

Estamos a cerca de cinco meses do final de 2005. Daqui a algum tempo, o executivo da Câmara Municipal da Marinha Grande (seja ele de que cor for depois das eleições de Outubro) vai preparar um orçamento para 2006. Como é óbvio vai definir prioridades. Que tal dar uma ajuda e começar aqui a “postar” as nossas cinco principais prioridades.

Para mim é essencial o alargamento da zona industrial, a reabilitação do centro histórico (tanto do ponto de vista urbanístico, como sócio-cultura, com a reconversão do actual mercado), uma política cultural definida, o arranjo das estradas e ruas secundárias e criação de uma delegação do CAT (Centro de Atendimento a Toxicodependentes) na Marinha Grande.

Há por aí alguém com outras prioridades?

terça-feira, junho 28, 2005

Para saber o nosso valor

Decidi colocar um contador no blog para saber o nosso verdadeiro valor. Vamos ver se chegamos às 1000 visitas até meio de julho.

segunda-feira, junho 27, 2005

A Razão da Liliana..

...deveria ser a razão de todos! Mas, infelizmente, não é!

Por estas e aquelas razões particulares ou por estes ou aqueles interesses privados, algumas escusam-se e o que avança é devagar e sempre da mesma maneira. Mas, não basta dizer que está mal, é preciso dizer como se pode fazer melhor. Não basta dizer que o que temos não chega, é preciso dizer o que se quer mais e como se faz para atingir esse mais. Mas acima de tudo é preciso que tenhamos a coragem de dar a cara, de apontar não somente os erros pois esses são sobejamente conhecidos antes apontar as soluções, apontar as necessidades e a forma de as colmatar. Ter a coragem de trazer a publico o que em círculos restritos e fechados se comenta de menos bom, se sonha realizar e a forma de concretizar.

Não ter medo de poderes instalados, não ter receios profissionais, não deixar que sejam os outros, sempre os mesmos, a decidir sozinhos o que deveria ser uma decisão de todos.

Os Marinhenses, Vieirenses e Moitenses precisam que se melhore a qualidade de vida nos seus lugares, mas é preciso que se tornem mais participativos. Já repararam que são sempre os mesmos? Certamente que sim. Mas já se perguntaram porque é que serão sempre os mesmos?

A Liliana tem toda a razão em todos os assuntos que aborda, também são essas algumas das muitas reivindicações das pessoas que temos vindo a ouvir, individual e colectivamente, anotando os problemas, as suas soluções e pretensões que são posteriormente analisadas na sua exequibilidade material, financeira e temporal e que vão sendo incorporadas. É este trabalho que é o sustentáculo do projecto que estamos a construir: Um projecto feito de realidades contadas na primeira pessoa do plural. É que depois, seja quem for, não poderá dizer nunca, que se não se fez foi por falta de conhecimento dos problemas e das necessidades nem por não se apresentar a forma ou sugestão de os resolver.


Até breve

Alargamento da zona industrial, o grande fracasso

Desde 1997, ano de eleições autárquicas, que ouço falar no alargamento da zona industrial do Casal da Lebre. Em 2001, também ano de eleições, o assunto voltou a ser fortemente falado. Chegou a fazer “manchetes” de jornais locais e regionais. Mas, por incrível que possa parecer a quem não acompanhou o processo, em 2005 volta a ser notícia. Este é sem dúvida a grande falha da Câmara e de quem esteve à frente dela nestesoito anos.
Parece estranho. Mas explicado dá para entender. Em 1997, a Câmara da Marinha Grande deu início a um processo para alargar a zona industrial do Casal da Lebre a Sul. Tudo parecia correr bem. As duas grandes vidreiras instaladas no centro da cidade, Ricardo Galo e Barbosa & Almeida, mostravam com vontade de se deslocalizar para a área de expansão (s Sul), junto à linha-férrea. Todavia, em 1999/2000, o processo continuava parado. Tudo porque a Câmara não tinha conseguido fazer ver ao Governo (algo autista) a importância do alargamento da referida zona industrial, no que se refere ao desenvolvimento económico do concelho e também na melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos. Resultado, em 2001, já muito perto das eleições, é anunciado um acordo. A autarquia tinha que arranjar terreno de pinhal para permutar com à área que o Estado cedia no Casal da Lebre. Estava, aparentemente, concluído o processo.
Mas não. Em 2005 ainda se fala no assunto e a Câmara garante que há acordo. Esperemos que sim. É pena que seja tão tarde. Perdeu-se uma grande hipótese de melhorar a qualidade de vida no centro da Marinha Grande.
Enquanto isso, o Plano de Pormenor da Zona Industrial da Marinha Pequena tarda em ser concluído. E é com preocupação que se assiste a potenciais investimentos industriais na Marinha Grande a serem "desviados" para outros concelhos.

A razão da Liliana

A Liliana deixou este comentário no primeiro "post", o "Início de discussão". Acho que é muito válido,por isso decidi colocá-lo num lugar com maior destaque.

Liliana said...
Na minha opinião estamos muito mal nas opções de escolha para a Presidência da Câmara, e não sei se iremos evoluir muito nos próximos anos. A não ser que as pessoas acordem do marasmo em que andam e exijam os seus direitos e não se limitem a dizer mal pelas costas.

É urgente exigir que se resolvam os seguintes problemas:

*A Marinha precisa de um posto médico a funcionar decentemente como compete a uma cidade com mais de 30.000 habitantes, e não um posto de 3º mundo como temos agora em que para tirar uma miserável radiografia se tem de ir ao hospital a Leiria entupir as urgências; onde se chega ao cúmulo de as pessoas irem às 9h da noite marcar vez para o dia seguinte; onde se deixa crescer um negócio clandestino de venda de marcações para o médico!!!!! Mas o que é isto? Não consigo entender a inércia das pessoas. Somos todos tão ricos que só recorremos a médicos particulares ou temos medo de represálias se reclamarmos? Já não estamos no tempo da ditadura, já somos um país da Comunidade Europeia e acho que lá fora não deve ser assim para se ir ao médico! Eu ouvi dizer que quando o posto médico foi inaugurado tinha aparelho raio x só que nunca foi posto a funcionar! Será verdade?
Na minha infância marcavam-se consultas para o próprio dia ou dias seguintes conforme a urgência!

*Temos de ter um cinema e um auditório com tamanho e condições suficientes para trazer filmes, teatro, dança, concertos, espectáculos á Mª Grande. Cultura não é só contemplar naturezas mortas.

*Precisa ser criada uma linha de transportes urbanos que sirva os lugares em volta da Mª Grande e sobretudo a zona industrial. Existem projectos de autocarros ecológicos que utilizam energias não poluentes e de certeza que há apoios para as autarquias que aderirem!!!

*Urgente criar outra entrada/saida na Zona Industrial, é inconcebível escoar todo o trânsito só por um buraquinho, apesar de as empresas terem todas horários diferentes. E numa situação de emergência como é que se faz? O que é que está programado?

*Na terra das bicicletas é preciso reavivar a tradição e não apenas para passear ao domingo (das melhores coisas que a Câmara fez foi o passeio marítimo e além do mais foi a primeira a tomar a iniciativa!). Criar vias para bicicletas nas estradas existentes como existe no estrangeiro (é só alargar a estrada e pintar um faixa amarela a separar a via dos automóveis e a das bikes!).

*Resolver o problema da Ivima, a Angolana e outras ruínas que por aí andam.

e mais ainda, mas fica para outra altura tá?

quinta-feira, junho 23, 2005

Há problemas mais graves que as rotundas

Percebo toda a preocupação em torno das rotundas e da mobilidade na Marinha Grande. Só que há problemas muito mais graves a resolver no nosso concelho. A qualidade de vida da cidade da Marinha Grande (Vieira de Leiria também tem um problema idêntico, mas numa escala menor), passa, em muito, pela deslocalização de duas grandes unidades industriais que agora estão em pleno centro da Marinha Grande. Refiro-me à Ricardo Galo e à Barbosa & Almeida (antiga CIVE). Sem dúvida que são empresas com um peso muito grande na economia do concelho da Marinha Grande, mas não se pode satisfazer todos os desejos das duas administrações.
Uma das prioridades da Câmara da Marinha Grande para os próximos anos passa, obrigatoriamente, pela reabilitação do centro tradicional da Marinha Grande. Recordo-me que o actual presidente da autarquia, Álvaro Órfão, respondeu, a um jornal regiona,l que só cidades como Lisboa e Porto tinham condições para obrigar os proprietários a promover a reabilitação dos seus edifícios nos centros tradicionais. Esta afirmação foi claramente derrotista. A próxima pessoa a sentar-se na cadeira agora ocupada por Álvaro Órfão tem que ter,pelo menos,um discurso mais ambicioso nesta questão. Mas deve ainda ir mais longe e reabilitar os espaços públicos (é urgente remodelar o actual mercado municipal), de maneira a criar condições para o investimento privado no centro tradicional.


P.S Em respota à Inês. A Câmara da Marinha Grande fez muito bem em construir o novo edifício da Biblioteca Municipal no edifício da administração da antiga Fábrica Escola Irmãos Stephens. A localização é muito melhor e enriquece o centro histórico. A Quinta das Nespereiras não era um local assim tão bom.
Quanto ao novo edifício do Bambi. Bem... sem comentários. É mau. Muito mau. É o que se faz quando se remenda um buraco maior que o remendo que se tem.

Muito Obrigada

Quero agradecer o convite para participar no blog, este espaço de debate, que, espero eu, seja não só de discussão dos problemas que afectam o Concelho e que são muitos, mas também de soluções, de novas ideias, de projectos de futuro, em suma, que seja a semente da mudança que urge acontecer.

E também expressar o meu agrado por ver que, ao contrário do que muitos pensam, os jovens marinhenses são observadores activos e também, e a criação deste espaço de debate é prova disto mesmo, preocupados e interessados no futuro desta terra que é a nossa.

Procurarei estar à altura dos temas que, quero acreditar, serão interessantes e de grande importância para todos nós.

Até breve.

quarta-feira, junho 22, 2005

Acabar com a inércia e com os "lobies"

Em resposta à Paula.
Sem dúvida que existe uma grande inércia em alguns sectores. Mas, por outro lado, há outros que souberam acompanhar as mudanças exigidas pelo tempo.
Todos os marinhenses têm culpa nos desequilíbrios que se vêem um pouco por todo o concelho. Mas, sem dúvida, que o poder político – e refiro-me a ambos os partidos que comandaram a Câmara Municipal desde o 25 de Abril – tem uma grande parte da culpa. Primeiro porque continuam a só ouvir uma pequena parte da sociedade marinhense. Segundo, porque há “lobies” na Marinha Grande que não a deixam sair da infância em muitos pontos. “Lobies” que os sucessivos executivos camarários não souberam ou não quiseram combater. E claro está. A inércia de quem já está "instalado" – grande parte dos comerciantes do centro tradicional; a maioria dos habitantes desta terra que julga que ter dois carros, uma casa, uma viagem por ano e dinheiro para comprar nas lojas de Leiria basta.
Tudo isto honra muito pouco o grupo de homens e mulheres que durante mais de um século lutaram para que a Marinha Grande fosse concelho.

Marinha Grande desenraizada observa...

Pois, como Marinhense desenraizada (em Lisboa, no Porto...), que tem observado a evolução da Marinha de forma não contínua, chateia-me ver tantos desequilíbrios ao longo dos tempos: entre a evolução da cultura e a evolução do lazer; entre a evolução da estrutura de betão e a do "verde"; entre a atrofia do comércio e serviços versus um sector industrial ainda predominante. Será que, do ponto de vista político, existem "soluções" face a estes desiquilíbrios? Não tenho a certeza de que os Marinhenses estejam conscientes das propostas que se levantam; mas também não estou segura de que já se tenham liberto da inércia natural.

Uma coisa que ainda não percebi...



Já tentei, mas sinceramente ainda ninguém me conseguiu explicar o “porquê” desta situação. A imagem mostra a placa que indica um sentido único para quem vem do lado do Parque das Merendas da Portela em direcção, por exemplo, à Várzea, Engenho ou a Vieira de Leiria... Este caminho era muitas vezes usado como atalho por quem foge ao transito de Verão que normalmente se gera aos fins de semana ao fim da tarde. Quem agora o quiser fazer não consegue, tem que voltar para trás e percorrer a nova estrada que passa em frente ao velhinho campo da Portela, do Atlético Clube Marinhense para no fim encontrar a rotunda que acolhe a malta toda que vem da Praia em direcção aos mais diversos locais... Não percebo porque haverá o transito de se afunilar mais ali quando isso seria bem compensado com uma pequena saída no sitio da foto em direcção à nova rotunda que também podemos ver na mesma imagem... O que tenho visto é pessoas com motos, bicicletas e mesmo carros a passar por cima do passeio para encurtar esta volta. Pois, assim espero que alguém aqui me dê esta explicação, acredito que a haja e até já estou bastante curioso.

terça-feira, junho 21, 2005

É preciso ser mais exigente

Sem dúvida que se têm cometido imensos atentados urbanísticos nesta terra. O centro tradicional foi completamente descaracterizado nos anos 80 3 90 do século passado. Por isso ambos os partidos (PCP e PS) têm culpa da forma algo anárquica que evoluiu o urbanismo na Marinha Grande. Não estamos tão mal como Leiria ou como Caldas da Rainha, só para citar exemplos mais próximos, mas podíamos estar bem melhor. Concordo perfeitamente com a ideia de que não vai ser o melhor candidato a vencer as próximas eleições autárquicas para a Câmara da Marinha Grande, mas sim aquele que, aparentemente e em termos mediáticos (João Paulo Pedrosa), é menos mau. Falta alguém com coragem para agarrar no potencial do concelho da Marinha Grande e transformá-lo em algo mais que um pólo industrial. O património histórico/industrial deve e tem de ser potenciado. O património natural é grande e também deve ser poteciado. É igualmente um intervenção urgente no centro tradicional para evitar que ele morra. A Câmara tem que fazer mais. Não pudemos continuar a ser só um concelho industrial. Há que potenciar o comércio e os serviços.

segunda-feira, junho 20, 2005

Isto está muito calmo

Ninguém comenta?! O melhor é falarmos dos erros urbanísticos que se fizeram na Marinha Grande nos últimos 20/30 anos e da lenta degradação do centro histórico, apesar do tão falado Plano de Salvaguarda.

sexta-feira, junho 17, 2005

Como vamos de cultura?

Parece-me que esta é uma lacuna. A oferta é pouca e a variedade não abunda. Então durantes os meses de Inverno chega a atingir o ponto da pasmaceira. Dá-me a ideia que as iniciativas camarárias são pontuais e muitas vezes sem uma lógica e as outras - a maior parte de iniciativa das colectividades ou empresas - são para um público muito diverso. Ou seja, são descaracterizadas e têm um carácter mais recreativo.

Início de discussão


A pouco mais de quatro meses das eleições autárquicas importa que se incie um verdadeiro espaço de discussão sobre o futuro da Marinha Grande. O que verdadeiramente querem os seus habitantes e não só alguns sectores da sociedade marinhense, como, infelizmente tem sido habitual nos últimos 31 anos da dita democracia portuguesa.
Este espaço é, ao contrário de "blogs" de certas candidaturas um espaço verdadeiramente interactivo em que todas as opiniões contam. Espero que participem. Que tal começarmos por discutir quais são as verdadeiras prioridades deste concelho. E já agora, como estamos de cultura.