sexta-feira, junho 17, 2005

Como vamos de cultura?

Parece-me que esta é uma lacuna. A oferta é pouca e a variedade não abunda. Então durantes os meses de Inverno chega a atingir o ponto da pasmaceira. Dá-me a ideia que as iniciativas camarárias são pontuais e muitas vezes sem uma lógica e as outras - a maior parte de iniciativa das colectividades ou empresas - são para um público muito diverso. Ou seja, são descaracterizadas e têm um carácter mais recreativo.

8 Comments:

Blogger Cão com Pulgas said...

Cultura? Qual, a da palmeira?

8:40 da tarde  
Blogger carlos said...

recreativo é mau?
não me levo assim muito a sério.
and it has been working out just fine to me.
upa

4:55 da manhã  
Blogger mg said...

http://www.marinhagrande2006.blogspot.com/

10:56 da tarde  
Blogger poisbem said...

ora bem, o que eu acho é que, ao que parece, todos sacodem, a água do capote e a culpa é sempre do outro, mesmo quando não há culpa.
todos se queixam da falta de isto ou aquilo, mas ninguem mexe o cu.
ao contrário do que se tem debatido por aqui e por ali, creio que a cultura não é de exclusiva competencia do poder autárquico. é também da sociedade, do indidividual.
e acho também muita piada ao facto de a cr´ticia ser sempre feita a dentes cerrados, sem ninguém com sangue na guelra suficiente para levar avante o contrário daquilo que critica.
é como o mário soares, levou uma chapada, mas anda nas revistas a fazer publicidade à marinha. é esta a nossa democracia. foi o que nós fizémos dela.
somos todos cordeiros mansos, ou quê?
ainda me lembro de cortar estradas e manifestar-me à séria. fechámos escolas, fomos à televisão, reclamámos por melhores condições, fosse justa ou não a nossa luta.
lembro-me também aquando do final de uma peça que fiz em coimbra com algum pessoal chamada "jovens procriadores" (num claro gozo ao cpai, icam e o recem criado ia) me disseram que não arranjaria mais trabalho lá, pelo menos até aquilo se apagar da memória das gentes. facto é que quem foi não se esqueceu, mesmo quem não viu ainda fala nisso e mais que tudo, houve um silencio nos jornais assustador. gajos nus num palco a despejar cervejas e a tentar partir o palco de um teatro academico (que defendo que deveria ser municipal) não convém. é uma imagem que não convém mesmo nada. toca a calar. e muitas mais histórias destas haveria.
pois é...
e agora que está tudo bem pior, está tudo manso. foda-se. haja paciencia.

2:17 da manhã  
Blogger Bruno Monteiro said...

Pois é, de facto todos nós devíamos contribuir na elaboração de actividades culturais, isso seria o ideal. Mas como é impossível devido a inúmeras limitações que qualquer cidadão comum possui, acho que é legitimo apontar o dedo a quem tem obrigação de nos oferecer isso.

A diferença entre um cidadão comum e um autarca:

- O cidadão comum exerce a sua profissão (8 horas diárias no mínimo), e no fim tem que apresentar o produto final à entidade patronal. O mesmo deveria acontecer com os autarcas, e um dos deveres das câmaras municipais é desenvolver actividades culturais, certo?

- O cidadão comum não recebe verbas para desenvolver individualmente actividades de lazer ou culturais. As autarquias recebem, e quanto a mim não as utilizam como deveriam utilizar... Só um exemplo: O “caché” que o Sérgio Godinho recebeu pela modesta actuação no 25 de Abril dava-me para fazer boas programações mensais durante 3 anos.

Por isso acho que sim, devemos apontar o dedo, e reclamar por melhores condições, sempre que necessário, pois são os autarcas que têm obrigação de nos proporcionar alguma actividade cultural, e não eu!

Ahh... E porque não sacudir a água do capote? Até parece que resulta!

11:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Acabo por concordar que o poder para fazer eventos culturais está do lado da autarquia. Agora se a autarquia não sabe como fazê-lo da melhor maneira, ou porque não têm tempo ou jeito, que disponibilizem meios para ajudar as associações que desejam fazê-lo. A cidade precisa.
Acho que todos ajudariamos se houvessem condições, tal como o bombeiro dá o corpo ao fogo.

Acho repugnante que o conceito do Sport Operário Marinhense tenha sido desfeito. Foi e será o sitio mais propício para a cultura na M.G. Era um património que devia ter sido respeitado. E isso não evitava nenhuma remodelação. Bem pelo contrário. Agora vender o espaço à pirosice da cultura pop-chunga nacional parece-me um acto de prostituição. Os valores da instituição deviam ter prevalecido aos interesses financeiros.
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Contratar bandas como os The Gift dão razão ao observador marinhense, são opções pontuais e denecessáriamente caras. Com os dinheiros que jorram em massa para um lado, é mais que natural que quando uma associação pede, dizem que não têm.

12:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois é concordo com tudo isso que devem ser as autarquias a promover eventos culturais (para isso existe um Pelouro da Cultura não é?), mas as iniciativas também podem e devem ser privadas. Mas antes disto tudo ainda há outra questão: e o espaço condigno para estas actividades?

Numa cidade com mais de 30.000 habitantes não existe um cinema em que não se ouça o barulho da estrada e o filme seja completo isento de cortes; o Teatro Stephens merece respeito, ser restaurado e devolvido às actuações teatrais nesta terra as quais são escassas; onde está um auditório para todos estes acontecimentos?

Nascem centros comerciais sem cinema????!!!!! Que terra é esta??? Estão prometidas salas de cinema e auditórios para acontecer alguma coisa e os anos passam-se e ... nada! E depois quando há qualquer coisita nos espaços do SOM ou outra colectividade está tudo a abarrotar porque o pessoal da Marinha tem fome de cultura! Ou não é? Mas parece incrivel que numa terra em que se cortaram estradas, caminhos de ferro e se fizeram barricadas as pessoas evoluiram do extremo de revolucionárias para os cordeirinhos mais mansos que possa existir. Está tudo na boa, não se passa nada!

Porque é que não temos locais condignos por onde possam passar as digressões nacionais de teatro, dança,etc., etc.

Existem terras no interior do nosso distrito e do nosso país com mais actividades num mês do que nós num ano inteiro!

O pessoal daqui gosta é de ir mostrar o belo do carrinho último modelo até S. Pedro, fazer compras em Lisboa, dar umas voltas no pinhal de moto4, ir ao cinema a Leiria e ficar por lá nos bares porque a Marinha Grande não está na moda! Há até quem tenha vergonha de dizer que é da Marinha Grande!!!!!!

E depois... temos o Tocándar! Mas isso fica para outra conversa...

8:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu tive uma ideia: abrir um casino! É que eu soube que no Mónaco (que é um principado muito pobrezinho e os habitantes ganham menos que o salário mínimo) os espectáculos de ballet por exemplo praticam preços inimagináveis: mais baratos que em Portugal (consultem http://www.balletsdemontecarlo.com/). Ora como os casinos são das principais fontes de rendimento do Mónaco e os monegascos são tão activos culturalmente - eles é circo, eles é ballet,... - com a agravante de ter preços acessíveis é fácil chegar à conclusão:

CASINOS = $$$ = CULTURA

11:45 da tarde  

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