quarta-feira, junho 29, 2005

Quais são as prioridades para o próximo ano

Estamos a cerca de cinco meses do final de 2005. Daqui a algum tempo, o executivo da Câmara Municipal da Marinha Grande (seja ele de que cor for depois das eleições de Outubro) vai preparar um orçamento para 2006. Como é óbvio vai definir prioridades. Que tal dar uma ajuda e começar aqui a “postar” as nossas cinco principais prioridades.

Para mim é essencial o alargamento da zona industrial, a reabilitação do centro histórico (tanto do ponto de vista urbanístico, como sócio-cultura, com a reconversão do actual mercado), uma política cultural definida, o arranjo das estradas e ruas secundárias e criação de uma delegação do CAT (Centro de Atendimento a Toxicodependentes) na Marinha Grande.

Há por aí alguém com outras prioridades?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu acrescento:
*Funcionamento dos transportes públicos com autocarros ambientais e com ligações à zona industrial (eu até acho que a aposta deveria ser em minibus com uma circulação constante pela cidade e arredores).

*Criação de regras básicas apertadas para a construção de prédios dando primazia à qualidade de construção, estacionamentos públicos, espaço de lazer para as crianças.

*Criação de ciclovias na cidade.

*Criação de uma circular exterior à cidade para escoar o trânsito das praias e descongestionar a cidade.

*Parcerias com a Direcção Geral de Florestas para a criação de caminhos pedestres sinalizados e a recuperação do trajecto do "Combóio de Lata", não só como promoção turística mas como um meio de transporte para a praia.

10:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

De um modo genérico concordo com as tuas prioridades, especialmente com a do CAT, a verdade é que há por aí muito toxicodependente escondido, com a agravante de que o "mini" Casal ventoso que são actualmente as instalações da antiga Ivima, serve muitas vezes como chamariz para toxicodependentes de outras zonas cá virem e deste modo, engrossarem o número dos que já lá estão.
Por outro lado, talvez falte nas tuas prioridades um maior apoio e atenção dos serviços camarários á rede de escolas primárias que tantas vezes estão desleixadas, não apenas do ponto de vista arquitectural mas, igualmente nas condições que têm para alunos e professores.

11:29 da tarde  
Blogger Cão com Pulgas said...

Não podia estar mais de acordo com a Liliana.
Há muito que o problema do trânsito se tornou num problema. Há tanto tempo quanto o problema da construção desenfreada.
A questão das ciclovias não é propriamente nova, mas o marinhense parece ter dificuldade em reconhecer uma boa ideia quando a vê. Enquanto noutras cidades se publicitam os benefícios do excercício e algumas até invejam a planura da Marinha, na Capital do Vidro, a malta prefere andar de cú tremido. Já a criação da circular exterior, enfim, puro sebastianismo. Provavelmente, para a ver vou ter que pagar.
Concentro-me na sua proposta da parceria com a Direcção Geral de Florestas. Desconheço o protocolo, mas acredito que, com vontade, tudo é possível.
A Marinha Grande revela muito pouco orgulho no seu pinhal. Sim, o pinhal, que de Leiria só tem o nome. A Marinha nasceu no pinhal, viveu do pinhal e cresceu à custa dele. Se não tivesse sido o pinhal, a indústria não se tinha implementado. Mesmo depois da chegada dos ingleses voadores, continuou a depender do pinhal como fonte de combustível e soube-o organizar de forma a retirar dele todos os dividendos.
Hoje, a mata, já não é importante na economia do concelho, mas o seu legado para a história da nossa cidade é indelével. O combóio de lata é uma das provas mais interessantes que temos dessa relação da terra com a indústria, do pinhal com a cidade, da madeira com o vidro. O comboio de lata é uma peça de arqueologia industrial, mas há outras.
A história da Marinha é recente, alguma ainda pode ser contada oralmente. Não é difícil reconstituí-la.
Apossemo-nos da nossa história, orgulhemo-nos do nosso pinhal, não apenas pela sombra mas por tudo o que ele representa. Faça-se do pinhal um museu vivo.
Recuperem-se as casas da guarda como parte desse museu, dêem-se a conhecer as profissões ligadas ao pinhal. Já que estamos numa de acordos, façam-se alguns com os bombeiros, com os resineiros, com os guardas florestais e com a CP. No vale dos pirilampos encontra-se, segundo julgo saber, um pouco da flora da floresta original, anterior ao povoamento do pinhal. Faça-se dela um ponto de paragem no tal museu vivo. Usem-se os postos de vigia para mostrar como se lida com os incêndios. Numa altura em que o país está a arder, dê-se a conhecer às crianças do nosso país os asseiros e os arrifes, os corta-fogos, o pinhal exemplar que só arde por desleixo. O pinhal que alguns políticos usam para dividir votos entre as duas maiores (e mais antigas) freguesias da Marinha.
Esquecer o pinhal promove a sua destruição, o esquecimento e o desrespeito. Quando isso acontecer, olharemos para trás e concluímos que não passámos da cepa torta. Tão torta como um pinheiro à beira-mar.

12:52 da manhã  

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