quinta-feira, junho 30, 2005

Tóxico... À Frente e a Trás.

A Avenida 1º Maio tem um dom, é talvez uma das mais poluídas avenidas da cidade... Não há dúvida que a questão da Ivima tem que ser pensada e falada, é um problema a resolver e não me parece fácil faze-lo, veremos...

Todavia há outro problema nesta avenida que, sinceramente, me preocupa mais... Trata-se da Barbosa & Almeida. Que registos existem sobre a poluição atmosférica que esta gera? Que inspecções têm sido feitas? Será que está tudo a funcionar nas devidas condições? Eu dúvido...

Na foto dá para ver o estado em que fica a pintura de um carro que está regularmente exposto aos gases libertados pela chaminé desta empresa Marinhense, o amarelo só sai com uma polidela bem dada. Depois penso, “Como estarão os pulmões das pessoas que por ali andam?”. Poluição que degrada assim os carros e as demais coisas que por ali passam, não deverá fazer muito bem à saúde, isto penso eu! Agora, ou os resultados das inspecções provam que se encontra tudo dentro da normalidade, ou então alguma coisa terá que ser feita em relação a isto. Pois sendo assim, fico realmente sem saber qual das duas polui mais... Barbosa & Almeida Vs. Ivima. Respondem-me?

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois... são questões diferentes. A mim, ambas me fazem um bocado impressão. A Ivima fere-me a vista, sempre que lá passo desvio o olhar. Já a BA nem lhe ligo, mas sei o q ela faz aos automóveis. Aos anos que isso acontece! Se nos polui os pulmões? Pois claro que sim. O problema é que mesmo assim, funciona dentro da lei. Como empresa certificada que é, é sujeita a inspeções todos os anos e qd as normas não são cumpridas, as empresas ou corrigem ou perdem a Certificação. Por isso, acredito que esteja mesmo a funcionar dentro da lei ambiental. Aliás, as empresas que não cumprissem a lei seriam forçadas a sair do meio da cidade e ir para Zona Industrial. Se calhar o problema é o q essa lei exige ou permite...
Uma coisa que não percebo é porque é que as empresas se não cumprirem a lei tem q sair do meio da cidade, e depois é autorizada a construção de predios junto à Zona Industrial? Pensei que a ideia fosse proteger a população... É obvio q só vai pra lá viver quem quer, mas assim estas leis não parecem fazer muito sentido...

Catarina

5:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O problema não será apenas a BA, no que se refere à poluição. Não sei se só eu é que reparei no cheiro horroroso, tipo químicos no ar, na Primavera, ao cair da noite, nas traseiras da Segurança Social, portanto no centro da Marinha? E também sei que os moradores dessa zona (não sei porquê?) têm a pintura dos carros toda lixada. Também ouvi dizer à boca pequena que certas fábricas da Marinha apenas colocam os filtros nas chaminés aquando de uma inspecção e tiram-os logo a seguir por ser muito cara a sua substituição depois de usados alguns anos. Será que a Marinha está com um elevado índice de poluição? Sugiro um estudo ambiental do nosso ar. Afinal não deverão ser só as praias a ter bandeira azul.
Pelo sim e pelo não~vou começar a pôr o carro na garagem.

9:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sabem porque isto continua a acontecer? Porque como "bons" portugueses que somos permitimos que nos inundem com todo o tipo de porcaria que possamos imaginar. Eu já vivi 10 anos perto dessa BA e sei bem o que passei...Desde roupa no estendal a ter que ser lavada mais do que uma vez porque tinha um cheiro nauseabundo, ao carro cheiro de "picos" provenientes ao que suponho do enxofre... Agora digam-me uma coisa: alguém já fez alguma queixa a quem é responsável por essa e outras empresas? Provavelmente não...è muito fácil dizer mal, criticar, constatar os defeitos, mas a passividade é inimiga do bom senso que nos manda preservar o futuro dos nossos filhos e também o nosso.
Uma amiga minha caiu nas malhas do "caranguejo" e apercebeu-se de que há IMENSA gente da nossa terra com esta doença, pessoas muito novas...isso quer dizer alguma coisa muito séria e grave: A POLUIÇÃO ESTÁ A MATAR A MARINHA!!
Relativamente à "Ivima" só tenho uma coisinha a dizer: só lá está quem quer! Ninguém obriga ninguém a ser dependente seja do que fôr. Eu sou livremente dependente da cafeína (o meu único vício) mas porque quero... quando eu sentir que estou a prejudicar-me paro... Para parar basta unicamente QUERER e muitos Ivimenses só não param porque vivem na desculpa de que não conseguem e não têm ajuda, compreensão e por ai fora...Será que não têm?! Conheço inúmeros exemplos de que é dificil saltar fora, mas é possível quando se toma consciência de que afinal somos nós que estamos errados! E quem precisa de força sabe bem onde a buscar sem ser na sua própria dependência...

Leiga

9:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Acerca deste assunto só quero dar 1 achega:
Pq será q se está a realizar nos hospitais da UC 1 estudo q visa "perceber" o pqê de tanta gente da n/ terra contrair cancro cada vez mais cedo??Dá que pensar...POLUIÇÃO??? Provavelmente!!!

10:04 da tarde  
Blogger Bruno Monteiro said...

Leiga,
Se já alguém fez queixa a quem é responsável por essa e outras empresas... Não sei.
Eu não... Apenas escrevi o texto que leu, e nada mais.
Talvez a melhor ideia seja questionar os responsáveis pelo ambiente e não os responsáveis das empresas, isto é obvio... por razões claras.
Agora restituo-lhe a questão... Nesses 10 anos, contactou alguém a quem pudesse expor este problema?

Em relação à Ivima, não posso concordar plenamente consigo... Repare, os tóxico-dependentes além de se prejudicarem a si, prejudicam também grande parte daqueles que os rodeiam, isto, de diversas formas. Não é preciso pensar muito para saber que é verdade. Esta questão é mais delicada do que parece.

E a poluição está a matar o mundo... A Marinha apenas pertence ao Mundo.

10:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Costumam dizer que não compreendem como é possível viver em Lisboa. Eu respondo-vos. É como viver numa cidade onde as horas de ponta são infernais, um lufa-lufa casa-trabalho. Uma cidade onde a toxicodependência, a tristeza e a falta de solidariedade saltam à vista. A tal cidade onde a segurança é cada vez menor e as pessoas se preocupam cada vez menos umas com as outras.
É viver com tudo isto, mas com teatro, música, museus, património, história, cultura.
O que Lisboa tem de mau, já nós temos, obrigado.

A propósito de droga:
Que rico trabalho de divulgação da peça "Dia D", que subiu ao palco no Parque Mártires do Colonialismo, no passado Sábado. É o que se chama tropeçar na cultura.

11:39 da tarde  
Blogger Sam said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

12:46 da tarde  
Blogger Cão com Pulgas said...

Mayday, mayday, estou com alguns problemas em entrar. A ligação caiu. Alô Zagreb, escuto. Agradeço novo convite. Obrigado.

*Crash*

4:33 da tarde  
Blogger Unknown said...

Já agora que falamos em fábricas e ruinas no centro da cidade...
O que se vai fazer às fabricas velhas no centro da cidade, vamos ter sempre ali a Ivima a albergar os tóxicos? E a Manuel Pereira Roldão, para quando a remoção deste cancro no meio da cidade?

1:16 da manhã  
Blogger Bruno Monteiro said...

Eu já nem falo nas abandonadas, essas já têm as chaminés desligadas. Agora as que queimam 24 horas por dia... Quanto a mim são mais preocupantes.

8:51 da manhã  
Blogger Cão com Pulgas said...

Caros Bruno e Ricardo,
O que fazer às fábricas abandonadas? Porque não convertê-las em lugares de cultura, de lazer, de animação noturna. Estive numa festinha sensacional, não era uma rave, com Djs, bandas, almofadões, projecções video, instalações de artistas contemporâneos e outras acções geniais. Por acaso era numa fábrica abandonada que ficou um mimo depois da intervenção e os donos já se disponibilizaram para emprestar o lugar mais vezes. Havendo vontade...

2:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Boas.

Descobri hoje este blog, não sabia que havia blog's sobre a nossa cidade..
Em relação ao terreno do Manuel Pereira Roldão, o terreno já foi vendido, em pricipio será para fazer apartamentos, ou vivendas. Em relação a ivima, sera muito complicado alguem "agarrar" aquele terreno, o negocio imobiliario está em quebra.. E aquilo vale, uns belos milhoes..
Tanto o Ba, com o Santos Barosa, e o Ricardo Gallo, foram "convidados" a abandonar o centro da cidade, mas a camara municipal não tem terrenos na zona industrial para albergar aquelas empresas, então ficou inviabilizado.. E alem disso seria custos muito elevados, mudar essas empresas, como devem imaginar..

4:11 da tarde  
Blogger Bruno Monteiro said...

Sim, mas se não mudarem, daqui a uns tempos os custos são maiores, e são pagos por todos nós. Saúde.

5:29 da tarde  

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